Importações de painéis solares voltam a crescer no Brasil em julho.

Desde março, país havia registrado quedas mensais consecutivas na compra de equipamentos de energia solar da China; alta nos estoques e competição provocam redução de preços.

Em julho, foi registrado um aumento de 17,6% nas importações brasileiras de painéis solares da China em comparação com junho, encerrando uma sequência de quedas mensais desde março, de acordo com a pesquisa da consultoria internacional InfoLink Consulting.

A análise aponta que os preços dos equipamentos de energia solar no país estão atualmente relativamente baixos, com módulos fotovoltaicos da tecnologia PERC variando de US$ 0,14 a US$ 0,15/W, e os módulos TOPCon de US$ 0,155 a US$ 0,16/W. Isso ocorre devido ao alto nível de estoque e à competição entre várias empresas do mercado.

A consultoria também avalia que um grande número de projetos pendentes de geração centralizada deve sustentar o mercado, com esse segmento ganhando maior participação no setor.

No que diz respeito às exportações chinesas, a InfoLink Consulting relata que houve uma queda de 14,5% nas exportações de painéis solares em julho, com uma diminuição mensal de 19,8% e um recuo de 8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A China, que concentra cerca de 90% da produção global da indústria de energia solar, exportou 120,6 GW nos primeiros sete meses de 2023, um aumento de 27,7% em relação ao mesmo período de 2022.

A Europa, que é o principal mercado comprador de painéis solares chineses, importou 7,1 GW em julho, o que representa uma queda de 32% em relação a junho e 22% em relação a julho de 2022. Isso é atribuído a uma diminuição na demanda no continente. Além do alto nível de estoque, o período de férias de verão afetou tanto a demanda quanto os preços na região.

A consultoria prevê que a demanda deve se recuperar após o término do verão e antes do início do inverno, quando a construção de projetos é iniciada.

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